O pré-natal previne a mortalidade materna!

O pré-natal desempenha um papel fundamental na garantia do bem-estar materno e fetal. Descubra como esse acompanhamento pode identificar precocemente patologias, prevenir complicações e reduzir a mortalidade materna.

O principal objetivo da atenção pré-natal e puerperal é garantir o bem-estar materno e fetal. Para alcançar esse objetivo, as equipes de saúde da Atenção Primária devem acolher as mulheres desde o início da gravidez, reconhecer, acompanhar e tratar as principais causas de morbimortalidade materna e fetal, além de estarem disponíveis para intercorrências durante a gestação e o puerpério.

Estima-se que até 92% das mortes maternas poderiam ser evitadas e prevenidas, uma vez que muitas delas ocorrem devido a fatores como hipertensão, hemorragia ou infecções. É aí que entra a importância do pré-natal.

Realizar o pré-natal tem um papel fundamental na prevenção e detecção precoce de doenças tanto maternas quanto fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos para a gestante. Além disso, proporciona uma série de vantagens, tais como:

Identificação precoce de doenças silenciosas: O pré-natal permite identificar doenças que já estavam presentes no organismo da gestante, como hipertensão arterial, diabetes, doenças cardíacas, anemias, sífilis, entre outras. O diagnóstico precoce possibilita o tratamento adequado, evitando prejuízos à mulher não apenas durante a gestação, mas também ao longo de sua vida.

Detecção de problemas fetais: O acompanhamento pré-natal permite a detecção de malformações fetais em estágios iniciais, o que possibilita o tratamento intrauterino e oferece ao recém-nascido a oportunidade de uma vida normal.

Avaliação da placenta: O pré-natal também avalia aspectos relacionados à placenta, possibilitando um tratamento adequado. Uma localização inadequada da placenta pode levar a graves hemorragias com sérios riscos para a mãe.

Identificação precoce da pré-eclâmpsia: A pré-eclâmpsia, caracterizada por elevação da pressão arterial, comprometimento da função renal e cerebral, convulsões e coma, é uma das principais causas de mortalidade materna no Brasil. O pré-natal permite identificar essa condição precocemente, possibilitando o tratamento adequado e reduzindo os riscos para a mãe.

O pré-natal desempenha um papel fundamental na redução da mortalidade materna, pois envolve uma série de cuidados específicos durante a gestação. Algumas dessas práticas incluem a atualização da caderneta de vacinação, orientação médica, monitoramento de doenças pré-existentes como diabetes e hipertensão, realização de exames para acompanhar a saúde materna e o desenvolvimento fetal, recomendações alimentares e de hábitos saudáveis, prescrição de suplementos como ácido fólico e o monitoramento do peso materno.

O pré-natal é considerado uma estratégia fundamental para a prevenção da mortalidade materna, pois permite a avaliação precoce e contínua de fatores de risco, a prescrição de estratégias de prevenção de complicações, o diagnóstico precoce e tratamento dessas complicações, além do encaminhamento para serviços especializados ou de emergência, quando necessário.

Durante o pré-natal, são realizados diversos exames com finalidades específicas, tais como:

  • exames de sangue para identificar doenças como sífilis, HIV, hepatites, entre outras
  • controle da glicemia e do peso para reduzir riscos de malformações e parto prematuro
  • exames ginecológicos para identificar doenças genitais que podem afetar o bebê
  • ultrassons periódicos para verificar a placenta, o crescimento e desenvolvimento fetal e detectar possíveis malformações
  • medição do colo de útero para avaliar o risco de parto prematuro
  • ecocardiograma fetal para acompanhar o desempenho e anatomia do coração do feto
  • tipagem sanguínea dos pais para avaliar riscos de incompatibilidades

Em resumo, o pré-natal desempenha um papel crucial na promoção da saúde materna e fetal. Ao identificar precocemente patologias, prevenir complicações e oferecer um acompanhamento adequado, contribui para a redução da mortalidade materna e para um desenvolvimento saudável do bebê. É fundamental que todas as gestantes tenham acesso a essa assistência pré-natal de qualidade, garantindo assim um futuro mais seguro e saudável para mães e bebês.

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